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Bem-aventuranças Éticas, Desespero Existencial e a Manifestação da Intolerância

Este cenário pode não ser raro nos escritórios ao redor do mundo, embora o alcance total e o sucesso possam ser singulares. A narrativa descrita por Mark Knopfler em sua música "Basil" ilustra de forma belíssima as complexidades e lutas em torno das bem-aventuranças éticas, do desespero existencial e da intolerância. Através das experiências adolescentes de Knopfler e de seu encontro com o poeta Basil Bunting, observamos o jogo entre as aspirações juvenis, o peso das expectativas e os desafios existenciais de conciliar nossas qualidades finitas com possibilidades infinitas.

Em "Basil," Knopfler relembra seu tempo como “garoto da copiadora” no Evening Chronicle em Newcastle no início dos anos 1960. As letras da música pintam um retrato vívido de seus anos de adolescência, destacando momentos de alegria e descoberta, como encontrar amigos na sorveteria e a emoção do primeiro beijo. Essas experiências refletem o crescimento despreocupado e a formação de hábitos típicos da juventude, conforme descrito no texto. Um jovem Mark Knopfler, cheio de potencial e expectativa, navega por seus anos formativos com o otimismo de alguém cuja identidade se alinha ao "moleque esperto" — o mundo todo o espera.

Contrastando com essa exuberância juvenil, temos a figura de Basil Bunting, um subeditor do Chronicle. Knopfler descreve Bunting como "claramente mal-humorado," "claramente velho demais para o trabalho" e "claramente mais excêntrico do que os demais colegas de escritório." A insatisfação de Bunting com seu emprego e a impressão que deixou no jovem Knopfler encapsulam o desespero existencial e o sentimento de inadequação. Bunting, assim como o adulto sobrecarregado com responsabilidades específicas e o peso de aspirações não realizadas, representa uma vida presa entre limitações finitas e o anseio por possibilidades infinitas.

O eventual sucesso literário de Bunting com seu poema épico "Briggflatts" permitiu-lhe escapar das restrições de seu trabalho insatisfatório no Chronicle e alcançar o reconhecimento que buscava. Essa transição do desespero para a realização pessoal espelha a jornada existencial de confrontar nossas limitações e abraçar a liberdade pessoal. Reflete a ideia de que a intolerância e a insatisfação muitas vezes são mecanismos de defesa contra as ansiedades mais profundas de enfrentar nossas imperfeições e as contradições inerentes em nossa busca pelas bem-aventuranças éticas.

A reflexão de Knopfler sobre sua relação com Bunting também destaca o tema da culpa interna e da sensação de nunca ser "bom o suficiente." O descontentamento de Bunting pode ser visto como uma manifestação de sua luta interna contra a impossibilidade de atender a expectativas idealizadas, assim como uma criança que nunca consegue satisfazer pais excessivamente exigentes. A música captura de forma pungente como o tempo e a experiência mudam perspectivas, levando Knopfler a empatizar mais com o ponto de vista de Bunting à medida que envelhece e reconhece a condição humana universal de lidar com o desespero existencial.

O cenário descrito acima expõe uma imagem notável de como os ideais de bem-aventuranças éticas e o inevitável fracasso em atingi-los podem levar a um profundo senso de desespero e intolerância. Esta intolerância, tanto para consigo mesmo quanto para com os outros, muitas vezes máscara inseguranças mais profundas e uma falta de verdadeira autopercepção.

Através da introspecção e da autopercepção, assim como o eventual triunfo literário de Bunting, os indivíduos podem confrontar suas questões pessoais, levando a uma disposição mais compreensiva e resiliente. "Basil" de Knopfler não apenas conta a história de um encontro pessoal significativo, mas também serve como uma alegoria para os amplos temas existenciais explorados no texto. Ilustra como a interação entre aspirações juvenis, o peso das expectativas e a jornada em direção à realização pessoal pode moldar nossas respostas emocionais e comportamentos, revelando, em última análise, as dinâmicas intrincadas da psicologia humana e o caminho para o crescimento e compreensão pessoal.

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Dhiego Valentim Lofiego

Especialista de cultura e excelência operacional.

Criador de conteúdo Hermetic Contents®

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Em Ética a Nicômaco, Aristóteles escreveu para seu filho, unindo sabedoria e prática em um guia para viver com excelência. Essa visão atemporal inspira aplicações modernas que conectam virtudes e propósitos de forma nunca imaginada à governança e prática corporativa

Aristóteles, com sua visão sobre ética e excelência, oferece uma base única para compreender e aprimorar a cultura corporativa. Sua ideia de areté, ou excelência, não se limita a um objetivo a ser alcançado, mas representa um compromisso contínuo em realizar o potencial ao máximo, onde o processo tem tanta importância quanto o resultado. Ao aplicar esse conceito ao ambiente empresarial, encontramos um diferencial poderoso: a qualidade de cada decisão e ação passa a refletir não apenas eficiência, mas um alinhamento ético com o propósito maior (telos) da organização. Essa abordagem transcende a busca por resultados imediatos, promovendo uma cultura que une excelência operacional e impacto virtuoso de longo prazo. Essa perspectiva aristotélica traduz-se em práticas que colocam o bem comum no centro, conectando ética e excelência de maneira altamente relevante para os desafios corporativos modernos. A aplicação dessas ideias na construção de uma cultura organizacional sólida não é apenas inovadora, mas um verdadeiro diferencial estratégico.

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